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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Maligna

Agora que acabei de ler este livro, não paro de pensar: como é que estive mais de um ano sem lhe pegar?? Comprei este livro logo assim que foi publicado em português e quando comecei a lê-lo, detestei. Achei-o aborrecido e mal escrito. Faltavam umas quantas virgulas ao longo do texto. Algumas frases tornavam-se difíceis de compreender. Ainda consegui ler cerca de 70 paginas mas depois acabei de desistir. Fico sempre um pouco reticente com os livros da Joanne Harris uma vez que já apanhei algumas desilusões. Há alguns dias atrás resolvi dar-lhe uma segunda oportunidade e comecei a lê-lo novamente. Ao inicio senti as mesmas dificuldades. Achei aborrecido, o discurso não era fluido, as ideias não me pareciam bem trabalhadas, mais uma vez senti a falta de algumas virgulas para enumerar algumas ideias e fazer algumas pausas no discurso.... Não sei se isto terá sido falta de cuidado por parte da escritora ou se a tradução é que não foi muito famosa....
A partir de meio do livro, mais ou menos, tudo mudou. Quando reparei já tinha deixado de prestar atenção à escrita e já só me interessava saber mais acerca desta história. Não descansei enquanto não o acabei e ainda me valeu uma boa insónia (não parava de pensar que queria continuar a ler e acabei por ir trabalhar quase de directa...).
Maligna, é uma história (mais ou menos) de terror. Digo mais ou menos porque já vi histórias mais assustadoras. Mas valeu bem a pena. A história é contada em duas linhas de tempo diferentes: uma no presente, em que conhecemos Alice, Joe e a "maligna" na pele de Ginny; e outra no inicio dos anos 50, através do diário de Daniel Holmes, onde relata a sua história com Rosemary. 
Alice e Joe são ex-namorados, ambos artistas. Ela é pintora, ele é guitarrista de uma banda. Reencontram-se anos depois de terminarem a relação quando Joe entra em contacto com Alice para lhe pedir ajuda e dar alojamento à sua nova namorada Ginny. Já aqui achei que Joe tinha uma grande lata, mas o melhor ainda estaria para vir. Ginny é descrita como uma rapariga magra, muito pálida, tímida, com um olhar ausente e pouco faladora, mas muito sedutora. Com a chegada de Ginny começam a acontecer coisas muito estranhas. Logo na primeira noite da sua estadia um homem estranho vai esperá-la lá a casa e desaparecem. Ao segui-los, Alice presencia um assalto a um túmulo no cemitério. Nessa altura descobre o diário de Daniel Holmes e começa a ler os relatos da sua estranha história com Rosemary, em muito parecida com Ginny. A partir daqui, muitas coisas acontecem. 

"Algo dentro de mim recorda e não esquecerá."

É um livro empolgante, cativante, muito diferente do que estou habituada desta escritora. Não me prendeu do inicio ao fim, mas esteve perto!

4 comentários:

  1. Sabes que, se não me engano este foi o 1º livro que a Joanne escreveu quando era muito jovem, daí talvez as falhas =)

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  2. acho que não foi o primeiro que ela escreveu, mas foi o primeiro a ter algum sucesso. acho que ela fala sobre isso na nota de autor mesmo no livro

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  3. de qualquer maneira, gostei tanto que está perdoada pelas falhas

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  4. A história do livro perdoa-as :D

    P.S. Adoro o final...

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