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terça-feira, 12 de março de 2013

Comer, Orar, Amar

Foi com alguma dificuldade que terminei, finalmente, este livro de Elizabeth Gilbert. A escritora partilha connosco a sua história, desde que se divorcia até que se volta a reencontrar consigo própria depois de um ano de viagem. 
Comer, Orar, Amar começa com Liz fechada na casa de banho de sua casa, a chorar e a pedir a Deus alguma orientação. Sabia que não conseguia continuar casada mas não sabia como por um ponto final no seu casamento. A escritora conta-nos como se desenrola o seu processo de divórcio, bem como as dificuldades que tem para que seja feito um acordo amigável. O divórcio demora 3 anos a ser finalizado e durante este tempo, Liz apaixona-se por David, um jovem actor com quem vive uma relação muito intensa. No entanto, as complicações do divórcio e o seu sentimento de culpa por todo o sofrimento causado ao ex-marido, levam Liz a entrar em depressão e a sua relação com David não resiste. Torna-se numa relação instável do género "acabam, voltam, acabam, voltam...". 
Quando o processo de divorcio termina, Liz decide deixar a sua relação com David em aberto e fazer uma viagem em busca do prazer e da felicidade, pelos três Is: Itália, Índia e Indonésia. 
Como referi antes, custou-me um pouco a ler este livro, principalmente a parte da Índia que acaba por ser composta mais por reflexões e teorias de meditação e mantras e não há muitos diálogos, o que torna esta parte mais enfadonha. Foi por isto que cotei o livro com 4 estrelas, em vez de cinco, porque na verdade até gostei do livro e a parte da Índia é, talvez, a mais interessante. 
Há algumas partes em que me identifico um pouco com a Liz. Os motivos que a levaram a ir de um casamento para uma nova relação, e a sua descrição das discussões com David em que ele retira o seu amor como se retirasse a droga a um viciado e mais tarde, quando já estamos em fase de desintoxicação, ele volta e dá-nos mais um pouco dessa droga de que tanto gostamos e de que achamos que precisamos. Como ela diz várias vezes ao longo do livro, "I've been there". 
As personagens que mais gostei foram o Richard do Texas e o Ketut, pois são ambos pessoas cultas à sua maneira e que ajudaram muito a Liz a esquecer ou a enfrentar alguns dos seus medos. Ao início gostei da Wayan, a  amiga curandeira. Mas depois de ter recebido a doação feita por todos os amigos de Liz, para comprar uma casa, começou a irritar-me com tantas desculpas para evitar comprar um terreno e (segundo o Felipe) para tentar tirar mais algum dinheiro a Liz. Revoltou-me um pouco. 
"Tiro o chapéu" à escritora nas partes em que aborda o seu divorcio e tenta não falar dos motivos que a levaram a tomar tal decisão. Em ponto algum revela os motivos do ex-marido que o levam a tornar o divórcio tão demoroso e complicado. Também não refere os defeitos ou atitudes do marido que a fazem perceber que não quer continuar casada. Ou seja, em página alguma deste livro a escritora faz referências negativas ao ex-marido o que revela não só que um dia o deverá ter amado muito como ainda continua a respeitá-lo. 

Pelo que descobri recentemente, este livro já tem uma continuação. Não se centra tanto na busca da felicidade mas também me deu vontade de conhecer. Fica aqui o link
(http://www.fnac.pt/ComprometidaElizabethGilbert/a305298PID=18212&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=7&Fr=2).
Talvez um dia... 

 Este é um bom livro para quem gosta de conhecer novas culturas, mas para quem decida começar a ler, sugiro que o façam com alguma paciência.

1 comentário:

  1. já sabes que a minha opinião é a mesma. Até nas personagens preferidas. :P

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