Este blog não aderiu ao Novo Acordo Ortográfico!

domingo, 14 de abril de 2013

Feminino Singular

Feminino Singular, de Sveva Casati Modignani, foi um livro que me conseguiu deixar interessada e empolgada ao longo da leitura, coisa que já há algum tempo não acontecia, infelizmente. As páginas voavam. Quando me apercebia já tinha lido quase 100 paginas. Não conhecia nenhum livro da escritora, mas fiquei fã e quero repetir. Lê-se muito bem, não há palha a empatar. A linguagem é simples e fluida. 
Neste romance ficamos a conhecer a história de Martina, uma mulher que dedicou a sua vida às filhas, incondicionalmente. O relato é feito em parte pela mãe de Martina, Vienna, e também pelas recordações das suas filhas, dos tempos de infância. 
Martina foi mãe solteira, desde muito nova e em vez de se livrar de uma gravidez indesejada, teve pena do pequenino que crescia dentro de si e que não tinha culpa dos seus erros de adolescente. Sendo assim, resolveu criar a criança sozinha, sem que o pai soubesse sequer da sua gravidez. Na verdade, este foi o pensamento que defendeu mais tarde, quando voltou a engravidar. Apesar de acreditar no amor, nunca quis casar uma vez que achava que não ia conseguir amar alguém durante muitos anos. Além de Leandro, claro, seu amigo de infância e a sua grande paixão. 
Quando iniciamos a leitura deste livro encontramos Martina e Leandro, já velhinhos, a construir um presépio de Natal juntos. Nessa mesma noite, Martina sofre um ataque de coração e acaba por falecer no hospital. Só após o funeral é revelada toda a verdade acerca da vida de Martina, tanto em relação às paixões, como também às suas origens nobres. 
As minhas personagens favoritas são a Vienna e a Ines Ceppi (avó de Martina), duas mulheres fortes, lutadoras e independentes. Deliciei-me com a história de amor de Vienna e Steffano Ceppi, que apesar de curta, foi intensa e verdadeira. De certa forma até deixou uma pontinha de inveja. A história entre Martina e Leandro não deixa de ser também fofinha, mas como eram ambos muito teimosos e orgulhosos só admitiram o que sentiam em idade avançada. Na verdade, acabei por achar o Leandro um homem fraco que nunca lutou pelo que quis e sempre achou mais fácil fugir aos seus sentimentos. 

Julgo que a escritora conseguiu criar uma história bonita, capaz de apaixonar qualquer um. Achei o livro muito bem escrito pois, como já referi, não tem palha a empatar o leitor e a linguagem é muito simples. Para além disto existem várias mudanças temporais ao longo do livro em que poderiamos perder-nos na leitura, no entanto a escritora fê-lo de forma simples e perceptivel. 
Cotei o livro com 5 estrelas no Goodreads e acho que não desperdicei nem uma estrelinha! Resta-me chatear Su para que me empreste mais algum livro desta escritora para poder conhecer mais um pouco. 

1 comentário:

  1. À vontade! Podes vir escrutinar a prateleira hehe. Vou dar-lhe também uma hipótese

    ResponderEliminar

Os comentários são sujeitos a moderação. Seja construtivo :)