Este blog não aderiu ao Novo Acordo Ortográfico!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

O Circo dos Sonhos

Pela primeira vez chego ao fim de um livro e sinto-me triste por saber que não vou folhear mais as suas páginas e não vou saber mais acerca desde mundo mágico que me acompanhou nos ultimos dias. Adorei o livro, por dentro e por fora. Além da história que guarda, tem uma capa linda e as páginas que marcam a mudança dos capítulos também são bonitas, remetendo-nos para a descrição que é feita do circo. Nunca tinha lido nada da Erin Morgenstern mas com certeza que O Circo dos Sonhos não ficará sozinho na estante. Fiquei com muita curiosidade de ler mais desta autora. 
O circo dos Sonhos tem alguns detalhes no inicio da narrativa que só são inteiramente esclarecidos no final do livro. Começamos por conhecer Prospero, o Encantador que, como o seu nome artístico sugere, é um ilusionista. Uma noite, após o seu espectáculo, encontra no seu camarim uma menina acompanhada de uma carta. A carta contém uma mensagem suicida, deixando a menina, Célia, ao encargo do pai. Em pouco tempo, Prospero descobre que a sua filha tem um dom natural para o ilusionismo e inicia o seu treino. Alguns anos depois, surge em cena o Sr A. H... (o nome dele é quase sempre apresentado desta forma) que é descrito como um homem que usa sempre um fato cinzento e que facilmente passa despercebido, seja qual for a ocasião. Só no final da história se conhece exatamente qual a relação entre estes dois personagens. No entanto ficamos logo a perceber que vão disputar um duelo. Cada um escolhe o seu peão (de quem vão ser tutores) e no final, o mais resistente vencerá. Prospero, o Encantador demonstra alguma arrogância ao escolher a própria filha. As regras do jogo não são claras, vão se conhecendo ao longo do duelo. Da mesma forma, também não se percebe o que será necessário para que seja escolhido um vencedor. 
O Sr A. H... encontra o seu peão num orfanato. Chamava-se Marco, mas este detalhe pouca importância tinha para o professor.
Passam vários anos. Célia e Marco são treinados à semelhança dos seus professores. Falta um ringue onde possam disputar o duelo. Uma das regras é que o duelo seja disputado em frente a várias pessoas, alheias à existência do combate. É assim que surge o circo. 

"O circo que chega sem avisar. Não é precedido por notícias, nem por avisos nas estações de correio e nos painéis publicitários, nem por notas ou anúncios nos jornais locais. Está simplesmente ali, quando ontem não estava"

Como já referi, adorei a história. O livro é encantador e contém um mundo mágico do qual fiquei com alguma inveja por não ser real. Não fiquei com nenhum personagem favorito, guardei um pouco de todos dentro de mim e dificilmente me vou esquecer deles. Acho que a autora conseguiu inserir bem todos os personagens secundários na história, dando-lhes um passado que explica a sua chegada ao circo e não se esquece deles no presente da narrativa. Ninguém está ali por acaso e todos são importantes no decorrer do duelo. Ainda bem que não se centra apenas na Célia e no Marco. 
Já sugeri o livro a várias pessoas, mesmo antes de o terminar, e continuo a dizer que vale a pena ler este livro. Já sei que a Su e a Di, já têm um exemplar e que está na lista das próximas leituras. Espero que gostem tanto ou mais que eu.

3 comentários:

  1. Depois da tua opinião, estou desejosa de ler o meu :D estava com algum receio de que a se centrasse apenas na Célia e no Marco. Ainda bem que não

    ResponderEliminar
  2. Vais ver que a escritora fez um bom trabalho a integrar todas as personagens

    ResponderEliminar
  3. é já o seguinte. Quando terminar o que estou a ler pego logo nesse ;)

    ResponderEliminar

Os comentários são sujeitos a moderação. Seja construtivo :)