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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Assembleia de Bruxas # 9

Depois de alguns meses sem nos conseguirmos juntar para os nossos debates habituais, há uns dias lá conseguimos um espacinho nas nossas agendas para fazermos uma Assembleia. Já tinha saudades! E já estava mesmo a precisar. Não pode ser só trabalho... 
Como sempre, os temas discutidos sobre a mesa, acompanhados por um chá de chocolate e mais qualquer coisa, foram os mais variados. E voaram entre si de uma maneira tão rápida que já mal encontro o fio da meada. Os livros, claro, são sempre um tema que não falta nas nossas Assembleias. Consegui finalmente convencer a Su a ler o Norwegian Wood, e ela agora recusa-se a opinar enquanto não acabar o livro. É mesmo mázinha! E eu aqui ando, desejosa de ter alguém com quem falar sobre o livro... 

Para além disto, não faltou também uma pequena sessão de corte e costura (foi pequenina, juro!) e também um pouco de tempo em que falámos de séries e filmes que temos visto. No entanto, às vezes a conversa segue por caminhos estranhos e acabamos as duas a filosofar e a magicar teorias para tudo e mais alguma coisa. A sério, não sei como é que às vezes a conversa chega a alguns temas. 

Vejam lá bem, que desta vez nos deu para falar em teorias da conspiração de tudo e mais alguma coisa. Julgo que tudo começou com uma teoria sobre a existência de sereias que a Su viu algures, e depois fomos por aí... A minha conclusão sobre estes temas é sempre a mesma: "Faz sentido, há tanta coisa que nós não sabemos..." E não deixa de ser verdade. Já disse isto tanta vez que a Su às vezes fica a pensar nisso e vai ligando algumas teorias da conspiração à sabedoria dos antigos, quando se veneravam vários deuses. Os antigos lá deviam ter os seus motivos...

Isto tudo levou-nos a uma conversa animada, em que acabámos a magicar as nossas próprias teorias. Já leram as teorias da conspiração sobre os milagres de Fátima? Ou mesmo sobre a existência de santos em geral? Quem não conhece devia fazer uma pesquisa pelo Google e depois tirar as suas próprias conclusões. Por exemplo, há quem acredite que os santos, que nos tentam vender como seres omnipresentes e que satisfazem os nosso pedidos mais desesperados, se formos bons e rezarmos muito,  não são mais que extraterrestres. E foi em volta desta teoria que andámos a matutar, durante um bocado. Não será por acaso que os deuses gregos e romanos (por exemplo) viviam noutros planetas e juntavam-se em Marte, no Monte Olimpo, para nos ver melhor. 

Depois de ficar alguns instantes em silêncio, lembrei-me que uma das teorias que explica o inicio da vida na Terra, refere que a vida não se formou no nosso planeta. Ter-se-à formado noutro planeta e foi depois trazida para a Terra (possivelmente através de um meteorito que pode ter caído na superfície do nosso planeta, transportando células extra-terrestres). Na altura, a Terra já seria um planeta protegido com uma atmosfera gasosa, com água liquida e quente, e com este conjunto de condições favoráveis, a vida desenvolveu-se gradualmente. 

Posto isto, começámos a especular mais teorias ainda. Seremos aliens no nosso próprio planeta? E se não formos mais que uma experiência de seres de outro mundo? Mandaram para cá umas células e agora estão lá em cima, a ver no que isto dá. 

Eu sei, a nossa imaginação às vezes voa. Qualquer dia ainda escrevemos um livro de fantasia com isto tudo (ou não!). Em suma, não nos podemos juntar... 

Mais tarde lembrei-me de outra coisa que não cheguei a partilhar com a Su na altura. Há uns anos vi um filme que se chamava Knowing (ou em tuga Presságio). O filme saiu em 2009 e fala-nos do final da vida na Terra. Neste filme, algumas crianças são escolhidas e são enviadas para um planeta novo, para recomeçar do zero, enquanto que os restantes seres vivos na Terra são extintos. Na altura não lhe achei muita piada, mas depois de tanto especular, lembrei-me do filme. E se, o suposto meteorito que trouxe a vida para a Terra foi também para que as espécies começassem de novo, num novo planeta? E se pensarmos na destruição que temos trazido aos poucos ao nosso planeta? Armas químicas, poluição, efeito de estufa, extinção de espécies essenciais em algumas cadeias alimentares... Quantos planetas já teremos destruído ao longo dos tempos, sempre da mesma forma? A nossa curiosidade em perceber o Universo, não será de facto a necessidade de perceber de onde viemos na verdade?   

Já estou a divagar outra vez. Tenho uma imaginação muito fértil, por favor não me levem a sério! Ás vezes perco-me a olhar para as estrelas no céu e quando dou por mim já estou a imaginar teorias. Mas foi isto a nossa última Assembleia. Espero sinceramente que a próxima seja mais normal!

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