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domingo, 29 de dezembro de 2013

Um último olhar em 2013

Depois de ter partilhado aqui a lista das leituras feitas em 2013 e ter traçado alguns objectivos para 2014, resta-me olhar para traz e ver o que 2013 me trouxe nesta jornada literária. 

Em primeiro lugar, confesso que foi um ano de que me orgulho muito pois só este ano ganhei o hábito de ler um livro atrás do outro. No  passado lia ocasionalmente, mas nada que se comparasse. Só por isso, já foi um ano muito produtivo. Quem não concorda certamente é a minha carteira, pois a coitada foi chulada todos os meses com os meus caprichos literários. Este ano espero ser um pouco mais contida e, para isso até já fiz uma lista de aquisições mensais. Confesso que nada disto prevê as promoções loucas da Fnac!

Com isto vamos aos prémios!

O livro do ano 

O livro que mais me marcou este ano e mais gostei de ler, foi sem dúvida o Norwegian Wood, do Haruki Murakami. É um livro que nos ensina um pouco sobre o amor e sobre o sentimento de perda daqueles que mais amamos. O livro torna-se um pouco mórbido, mas está escrito de uma forma tão sensível e bonita que é impossível ficar-lhe indiferente. Nem todos gostam da escrita de Murakami. Ou se adora, ou se odeia. Eu gosto bastante, apesar das semelhanças entre os seus livros tiro sempre algo de novo que vale a pena aprender. Essencialmente, acho que Murakami nos ensina a lidar com todos os que nos rodeiam, quer sejam importantes ou alguém com quem nos cruzamos hoje na rua e nunca mais voltamos a ver. 
Depois de terminar este livro fiquei alguns instantes a pensar na vida e a imaginar o que seria perder a pessoa que mais amo e fui contagiada com o medo que os personagens sentiam e por vezes se esforçavam por esquecer. Nunca um livro provocou tal efeito em mim. É muito bom perceber que se aprende realmente algo, mesmo quando nos fechamos entre as páginas de um livro.

 A medalha de Ouro


Julgo que se notou bastante a minha crescente paixão pelos livros de género policial ao longo de 2013. Talvez tenha sido o género que mais li, com a ajuda da maratona da Agatha Christie. Ainda assim, alguns chamaram-me mais a atenção que outros. Tenho pena de não poder por o Lennox neste lugar, já que tinha tanta curiosidade para o ler, mas para dizer a verdade, já andava para ler O Hipnotista há coisa de dois anos e não me desiludiu nem um bocadinho.
Quando vi o tamanho do livro, ainda pensei que deveria ter alguma palha pelo meio para encher mais páginas. Qual quê!! Não podia estar mais enganada...

Abri o livro e comecei a ler a descrição de um crime horrendo, num balneário, em que o funcionário da limpeza aparece morto, esventrado, com sangue por todo o lado. A meio do livro já estávamos perante um outro crime totalmente diferente, desencadeado pelo primeiro. Não há palha, nem bocados mortos. A acção desenrola-se continuamente e estamos sempre a descobrir alguma coisa. O inspector em si não me surpreendeu muito. Convenhamos que não é nenhum Hercule Poirot! Mas a construção das restantes personagens envolvidas é muito detalhada. Foi um livro que me deu muito prazer ler. Espero que 2014 me permita ler os restantes da série. 

A medalha de prata

 Outro género literário, mas mais um livro que me encantou. Tal como disse na minha opinião, na altura, este livro é lindo. Por dentro e por fora. Quem já leu sabe que é verdade. 
 O duelo entre dois ilusionistas, que se aproveitam da inocência de duas crianças apenas para ganhar um desafio de séculos, apenas para verem o mesmo resultado repetido vezes sem conta. As descrições do circo são muito boas, quase nos faz acreditar que estamos no recinto a ver tudo o que está à nossa volta.
Espero sinceramente que a autora não se tenha lançado com tudo o que tinha na manga, pois gostava muito de ler mais livros escritos por ela. Se bem que não sei como é que ela vai superar o livro de estreia.






A medalha de bronze

 Apesar de já ter visto o filme há alguns anos, gostei de ler o livro. Havia muitos detalhes que já não me lembrava e, como é habitual nos filmes, também houve muitos detalhes que não passaram para o grande ecrã. Também comecei a ter alguma dificuldade em continuar a leitura logo depois da guerra terminar. Comecei a achar que já não era necessário saber mais. 

Ainda assim, foi uma leitura agradável, em que aprendi um pouco mais sobre a cultura japonesa e sobre as gueixas. Foi agradável imaginar os cenários descritos, bem como as festas em que as gueixas participavam. 






A surpresa


 Poderia colocar nesta categoria o livro Feminino Singular, de Sveva Casati Modignani, uma vez que foi o primeiro livro desta escritora que li e que me surpreendeu bastante pela positiva. No entanto achei que seria mais justo colocar a Maligna

Chego à conclusão que a minha relação com os livros da Joanne Harris é quase de amor-ódio. Tanto adoro os livros como rapidamente os ponho novamente na prateleira. E foi onde a coitada da maligna esteve, durante muito tempo, a ganhar pó, porque fiquei-lhe com um ódio da primeira vez que lhe peguei.... Bah! 

Por sorte, resolvi dar-lhe uma segunda oportunidade e a história ficou bem mais interessante. Já percebi que, por vezes com a Joanne Harris, há que ter paciência e esperar que a história desenvolva. 

Quem sabe se em 2014, a surpresa não será o Vinho Mágico, que também está a ganhar pó na prateleira?

A Fava

 Eu sei, o nome desta categoria não é muito agradável, mas não me lembrei de melhor. Na verdade, o que estou a colocar nesta categoria não é exactamente o livro, mas mais propriamente a escritora. 

O livro Irmãos de Sangue foi o primeiro livro que li de Nora Roberts e não podia ter ficado mais desiludida. Nada que não estivesse já à espera, mas ainda tinha esperança de me surpreender pela positiva. Desconfio muito quando um escritor consegue lançar livros como quem vai ali fritar batatas. Alguma coisa tem que falhar...

De romance pouco ou nada tinha. Gostei do terror que a história transmitia e do mistério que pairava sobre a cidade. Mas aquela paixão tão forçada entre os personagens, não convenceu nem um bocadinho. E faz-me confusão a Nora Roberts atirar para a cena 3 homens e 3 mulheres, junta-os dois a dois e tem uma trilogia, assim sem mais nem menos. Acredito que esta história também se contasse com menos de metade dos personagens e talvez até ficasse bem melhor. 
Gostava de ficar a conhecer o final da história, é verdade, mas só de pensar em gastar dinheiro nisto, perco a vontade. Por outro lado, tenho cá mais dois livros da escritora em casa e espero que sejam melhores pois gostava de mudar a minha opinião.


E é isto. Espero que 2014 traga mais e melhor. Se isso não acontecer, não será certamente por falta de livros na prateleira. Já vou quase em 60 por ler e o número continua a subir. A falta de tempo, que tanto me impede de dedicar à leitura, nem sempre é má. Por isso não vou desejar que ela desapareça. Se ela cá está é porque tenho trabalho e mais ocupações que me roubam o tempo, e isso é muito bom. 

Resta-me desejar a todos um Bom 2014! E já agora, boa sorte para os desafios literários que aí vêm!


3 comentários:

  1. Temos de ver se sacudimos o pó ao vinho mágico =)

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    1. Eu gostava... Já o leste? Eu gostava muito que alguém me disesse que o livro é muito bom. Infelizmente ainda não aconteceu...

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