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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Antídoto precisa-se

Não me considero uma pessoa dependente de cafeína, para quem todas as desculpas são boas para beber mais um cafézinho. E quando vemos bem, já vamos a caminho do sexto... Mas confesso que logo pela manhã, me sabe muito bem sentir o cheiro do café para despertar. A minha Dolce Gusto, coitada, está quase sempre parada e praticamente só é usada pelo meu pai. Não por algum motivo em particular, mas apenas porque em casa nunca me lembro ou sinto necessidade de beber café. 

Há cerca de um ano atrás, quando fiquei desempregada, aproveitei para fazer um desintoxicação de café (se é que tal coisa existe), porque queria reduzir os açucares e também porque facilmente começo a tremelicar se beber mais do que dois cafés por dia. Então lá tentei evitar, passei a beber chá ou água de sabores quando ia a um bar. E com isto, estive cerca de cinco meses sem uma gota de cafeína no meu sistema. Sentia-me melhor comigo, mais saudável. Até a Su estava contente comigo. Só a sensação de não estar dependente "daquilo", já era muito animadora. Na verdade, nunca notei efeitos do café em mim. Não me tirava o sono à noite, não me sentia diferente pela manhã. 

Quando voltei a trabalhar percebi que havia entre os meus colegas um certo ritual, em que pouco depois de entrarem ao serviço, se reuniam todos para beber o primeiro café do dia e começarem depois a rotina do costume. Ao início deixava-me estar no meu cantinho e aproveitava esse tempo para ler as notícias. Até que comecei a perceber que mal falava com as pessoas. Lá dizia os bons dias, logo quando chegava, sentava-me à secretária e se não me dissessem nada, assim ficava até perto do final da manhã. Ora eu, uma fala barato, sem ter vontade de tagarelar?? Estaria doente, zangada, triste com alguma coisa? Não... 

Voltei ao café. No mínimo um por dia, logo pela manhã. E agora? Agora se me derem conversa, espingardeio tanto que quero calar-me e não consigo, porque tenho sempre mais qualquer coisa para dizer... ain ain... Agora, o verdadeiro dilema é encontrar o meio-termo. 


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