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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Divulgação - A Cidade e as Serras, Eça de Queiroz



A Cidade e as Serras
Eça de Queiroz
15x23
264 páginas
9,50 €
Ficção/Literatura Portuguesa
Nas livrarias a 3 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores 


Depois da publicação de Os Maias, de Eça de Queiroz, e O Que Fazem Mulheres, de Camilo Castelo Branco, a Guerra e Paz prossegue a edição de Clássicos da Literatura Portuguesa com A Cidade e as Serras, outro livro do Plano Nacional de Leitura, também de Eça de Queiroz, que nunca o chegou a ver editado em vida.  
A Cidade e as Serras  é um romance – último de Eça de Queiroz – composto por dezasseis capítulos que contam a gradual transformação de Jacinto de Tormes de homem citadino e adepto incondicional da civilização e do progresso, representados aqui pela cidade de Paris, então capital do mundo, entregue a um fastio e a um tédio inexplicáveis, em homem apaixonado pela Natureza e pelo campo (e, concretamente, as serras de Tormes), cheio de entusiasmo, vitalidade e apetite pela vida. 



Sinopse
No fim da vida, numa carta a uma parenta aristocrata que conhecera Paris nos tempos áureos, terminava Eça: «Deus nos dê paciência para aturar a civilização.» A par da descrença, que se ia insinuando naquele fim de século, na ciência e na técnica, a visão da vida e do mundo de Eça, a caminho dos 60 anos, também já era outra.
A Cidade e as Serras é o último romance de Eça de Queiroz, obra que o autor não viu publicada em vida, nem tão pouco pôde rever com a minúcia e o engenho que lhe eram carac­terísticos. São dezasseis capítulos os que constituem o livro que é muitas vezes apontado como o marco de viragem no corpus queirosiano e onde assistimos à gradual transformação de Jacinto de Tormes, personagem não menos vezes tida, por leitores e estudiosos, como reflexo do próprio autor.
De homem citadino e adepto incondicional da civilização e do progresso, representados pela cidade de Paris, então ca­pital do mundo, entregue a um fastio e a um tédio inexplicá­veis, Jacinto metamorfoseia-se em apaixonado pela Natureza e pelo campo (e, concretamente, as serras de Tormes), cheio de entusiasmo, vitalidade e apetite pela vida. O desenlace vem, pois, desmentir o citadino do início da intriga, que jurava que «o homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado». Jacinto nunca mais voltaria a Paris. 


Biografia do autor
Eça de Queiroz
Nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa do Varzim. Por não ser reconhecido pela mãe, viveu até aos 4 anos em Vila do Conde, com a madrinha. Em 1849, os pais casaram-se e Eça mudou-se para casa dos avós paternos, em Aveiro. Só aos 10 anos regressou ao Porto e se juntou aos pais. Concluídos os estudos liceais no Colégio da Lapa, ruma a Coimbra em 1861 para cursar Direito. É aí que conhece Antero de Quental e Teófilo Braga. Já formado, vai de malas e bagagens para Lisboa em 1866, e é na capital que se dedica à advocacia, mas também ao jornalismo, dirigindo o Distrito de Évora e publicando folhetins na Gazeta de Portugal, que seriam reunidos anos mais tarde em Prosas Bárbaras. Depois de viajar pela Palestina, Síria e Egipto e assistir à inauguração do Canal do Suez, em 1869 – viagem que desaguaria, mais tarde, em títulos como O Egipto e A Relíquia – envolve-se nas Conferências do Casino e começa a espalhar As Farpas, em 1871, um ano depois de ter publicado O Mistério da Estrada de Sintra, no Diário de Notícias, ambos a quatro mãos, com Ramalho Ortigão.
Ingressa depois na carreira diplomática, e é em Leiria, como administrador do concelho, que escreve O Crime do Padre Amaro. Entre 1873 e 1875, exerce o cargo de cônsul em Havana, Cuba, e é depois transferido para Inglaterra. Durante os dois anos que se seguem, envia textos de Bristol e Newcastle para a imprensa nacional e brasileira, inicia a escrita de O Primo Basílio e faz os primeiros esboços para Os Maias, O Mandarim. Regressa à pátria com 40 anos e casa-se, em 1886, com Emília de Castro Pamplona, onze anos mais jovem. Em 1888, é enviado para o consulado de Paris. Segue-se a publicação dos Maias e, nos periódicos, da Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires. Fundador da Revista de Portugal, de que é também director, visita frequentemente o país, aproveitando as estadas para jantar com os Vencidos da Vida. É no Paris de Jacinto, de A Cidade e as Serras – título que, como muitos da sua obra, só viria a ser publicado postumamente –, que vem a falecer a 16 de Agosto de 1900, vítima de doença prolongada.



2 comentários:

  1. Ola!
    Esta conversa parece que me agrada :p e também gosto dessa capa. Vou pesquisar sobre os primeiros e se assim forem talvez perca a cabeça. Últimamente ando mesmo virada para autores falecidos hehe
    Beijinhos e boas leituras

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    Respostas
    1. Olá Cátia,

      Também me agrada imenso. Adoro colecções deste género e estas capas são muito lindas. Até agora ainda só saiu "Os Maias" e "Que fazem Mulheres", do Camilo Castelo Branco. Este do Eça é o terceiro a sair. Penso que rondam todos os 10 euros...

      beijinhos e boas leituras

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