Olivier
Bourdeaut, 35 anos, é um completo desconhecido: acabou agora de se
estrear como romancista. Entrou de rompante pelas livrarias francesas, a
7 de Janeiro, pela mão de uma pequena editora de Bordeaux, a Finitude, e
em menos de nada – com um estalar de dedos e 160 páginas – conquistou a
crítica literária, fazendo o pleno na imprensa especializada. O seu
romance de estreia, À Espera de Bonjangles (En Attendant Bojangles), foi já comparado por vários críticos a «A Espuma dos Dias», de Boris Vian.
Saudado,
à esquerda e à direita, pelo Libèration e pelo Le Point, pelo L’Express
e pelo Le Figaro, é este o livro que a Guerra e Paz vai lançar em
Portugal, já em Maio, antes da Feira do Livro.
Olivier
Bourdeaut, o autor, justifica esta aventura dizendo que começou por
escrever um livro do tamanho de um tijolo, muito sombrio, mas que nenhum
editor o quis. Então, diz ele, “imaginei a vida um casal louco de amor,
testemunhada pelo filho deles, uma criança ainda” e nasceu À Espera de Bojangles.
Para o editor Manuel S. Fonseca, o que atrai de imediato, no livro é “a
sua imparável fantasia, a sua alegre e irresistível luminosidade. É um
livro que dança”.
À Espera de Bojangles
é a aposta da revista LIRE para esta rentrée. “Um primeiro romance
doce, feliz como um dia de festa, agradável como um bom banho quente.
Para o ambiente literário, imagine Jacques Prévert, Raymond Queneau e
Roald Dahl como bamboleantes autores do piano cocktail de Boris Vian,
filho espiritual destes jovens energúmenos”, lê-se na edição de
Fevereiro da mais conceituada revista francesa de literatura.
À Espera de Bojangles
está comprado para dez países, entre os quais Espanha, Alemanha,
Itália, Bulgária, Israel, Suécia, Dinamarca, Holanda, incluindo a compra
para os Estados Unidos pela Simon & Schuster. No primeiro mês, o
romance já tinha vendido 25 mil exemplares em França.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários são sujeitos a moderação. Seja construtivo :)