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sábado, 4 de junho de 2016

Ninguém Escreve ao Coronel, Gabriel García Márquez

Ainda há dias comentava com a Su que não ia conseguir cumprir o Desafio Inverso deste mês. Basicamente, precisava de um livro pequeno que desse para encaixar entre as parcerias, sem me ocupar muito tempo, e que já habitasse a estante há um ano. E eu, pobrezinha, não tinha nem um livro com estes requisitos! Parece impossível... Depois lá encontrei este na estante e, sendo de Gabriel García Márquez, veio mesmo a calhar.

Ninguém Escreve ao Coronel foi publicado pela primeira vez em 1961, e retrata a situação precária de um casal após a morte do seu único filho. Apesar de ter sido alfaiate de profissão, o rapaz (que agora não me consigo lembrar do nome), apostava em lutas ilegais de galos, que mais tarde lhe custaram a vida. Os pais vivem na miséria, contando tostões, enquanto esperam por notícias da reforma do Coronel, dos tempos em que serviu ao lado de Aureliano Buendía, em Macondo. Mas 15 anos se passam e a carta não chega. Enquanto isso, alimentam o galo na esperança de mais tarde lucrar com as lutas ou mesmo com a sua venda. E com esse objectivo em mente, vão passando fome numa casa degradada onde falta muito mais que comida.

O que mais me fascinou nesta história foram as referências a Macondo e ao Coronel Aureliano Buendía, cenário e personagem de Cem Anos de Solidão do mesmo autor. Já não me recordo de muitos detalhes da história, mas muita coisa se avivou na memória ao ler Ninguém Escreve ao Coronel. E depois há qualquer coisa na escrita de Gabriel García Márquez que nos prende de forma incompreensível. Talvez tenha um certo charme latino.... Não sei. O que sei é que é como beber água quando se tem sede. É como se sentíssemos falta de alguma coisa e só nos apercebemos quando voltamos a tê-la connosco. É estranho, mas é um estranho muito bom.

Com isto, acabo esta curta leitura com imensa vontade de ler mais alguma coisa da sua autoria, especialmente Os Funerais da Mamã Grande, cuja a acção se passa novamente em Macondo, mas que ainda não habita a minha estante.

Post recomendado:

Cem Anos de Solidão

Apesar da opinião vir atrasada, esta leitura conta para o Desafio Inverso de Maio, para o tema "um livro que está na estante há mais de um ano"



2 comentários:

  1. Olá Sofia,
    Também li este livro há pouco tempo e gostei mas senti falta de uma história com mais desenvolvimento. Tal como já comentei contigo, tenho mesmo que ler o Cem Anos de Solidão =)
    Beijinhos

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  2. Olá, Spi,
    Tenho que ler este livro :D mais, tenho que reler "Os Cem anos"... Concordo contigo, a escrita dele é especial. Tem ali qualquer coisa...
    beijinhos

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