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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Loucura e adultério. Os limites da razão em dois clássicos do séc. XIX



Quais os limites da loucura face à razão e até que ponto uma sociedade pode ou deve controlar o puritanismo dos seus membros? Loucura e adultério, dois temas polémicos e controversos, vistos à luz do séc. XIX, são as duas novas apostas da colecção de Clássicos da Guerra e Paz: O Alienista, de Machado de Assis, inicialmente publicado em entre 1881 e 1882, e A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawthorne, com tradução de Fernando Pessoa, que data de 1850. Os dois clássicos estão disponíveis a partir de 17 de Abril.

Mestre da escrita, com recurso à ironia, à metáfora, à sua visão pessimista e ao seu pessimismo, Machado de Assis conquista o leitor com este conto (será novela?), considerado uma das suas narrativas mais célebres. Com fixação de texto de Ana Salgado, O Alienista inclui, além da nota introdutória e lista de personagens, um texto com três bons motivos para ler esta obra que conta a história do médico Simão Bacamarte, que funda um hospício – a Casa Verde -, decidido a dedicar-se inteiramente ao estudo da loucura. Autorizado pelas autoridades, passa a internar todos aqueles a quem aponta sinais de insanidade. Ninguém escapa. E se, afinal, o alienista for o alienado?

Alienada da sociedade foi Hester, a protagonista de A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawthorne, o único romance completo traduzido por Fernando Pessoa e um dos livros mais editados e mais lidos no mundo. A primeira edição, publicada em 1850, esgotou em dez dias. Psicologicamente denso, de uma simbologia complexa, este é o primeiro dos grandes romances americanos. Uma obra única, com acção na América puritana, que marcava com letra escarlate, cor da infâmia, o peito das mulheres adúlteras. Apaixonada e grávida do padre da comunidade, Hester será ostracizada, perseguida e vilipendiada pelo crime de amar fora do casamento. Segundo um ensaio de D. H. Lawrence, traduzido por Eugénia de Vasconcellos para a Guerra e Paz, este romance é uma das maiores alegorias de toda a literatura: «A Letra Escarlate não é um romance bonito e agradável. É uma espécie de parábola: uma história terra-a-terra com um significado do inferno».





O ALIENISTA
Machado de Assis
15x23
104 páginas
11,00 €
Ficção/Literatura Brasileira
Nas livrarias a 17 de Abril
Guerra e Paz Editores
A LETRA ESCARLATE
Nathaniel Hawthorne
15x23
248 páginas
15,50 €
Ficção/Literatura Estrangeira
Nas livrarias a 17 de Abril
Guerra e Paz Editores

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