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quinta-feira, 31 de maio de 2018

A Rosa do Adro e Palavras Cínicas. Dois bestsellers que a Guerra e Paz traz de volta às livrarias




Há livros que marcam a nossa portugalidade. É o caso de A Rosa do Adro, de Manuel Maria Rodrigues, ou Palavras Cínicas, de Albino Forjaz de Sampaio. Seja em jeito de romance, onde não falta um trio amoroso com cenário numa aldeia do Minho, ou no formato de crónicas mordazes de crítica social, êxito estrondoso junto dos leitores no início do século passado, estes dois livros carregam consigo, na sua linguagem e estilo de escrita, em tudo o que abarcam, o fado de ser português. Duas pérolas que a Guerra e Paz traz de volta às livrarias.

A Rosa do Adro, romance publicado pela primeira vez em 1870, é a obra mais popular de Manuel Maria Rodrigues. Com numerosas reedições, foi também alvo de várias adaptações e de duas versões cinematográficas. Numa aldeia minhota, a umas cinco ou seis léguas do Porto, esta é a história das aventuras e desventuras amorosas de Rosa.
A Rosa do Adro «era a alegria e o enlevo de toda a gente, a rainha, o tudo daqueles lugares». Cobiçada por todos os «moços», é difícil resistir aos seus encantos, que o diga Fernando e António. Constitui-se assim um trio amoroso.
Rosa ama Fernando, que a corresponde mas se ausenta para acabar o curso de Medicina no Porto. António ama Rosa, e, sempre atento, quer protegê-la e até deseja vingança. A partir daqui, o enredo está criado e ainda surge Deolinda, a filha da baronesa, uma «alma nobre e generosa»…
Estamos diante de um dos romances mais vendidos de sempre e, que inexplicavelmente, a crítica ignorou. A Rosa do Adro, romance de Manuel Maria Rodrigues reeditado milhares de vezes durante o século XX, na actual centúria encontra-se esquecido. Afinal quem é esta Rosa? Quem a conhece nos dias de hoje? Outrora tão comentada, hoje abafada, queremos dar-lhe nova vida.

Trinta e cinco anos depois, em 1905, Portugal conhecia, com espanto e admiração, a primeira de muitas edições de Palavras Cínicas, um dos livros mais vendidos do século XX. A crónica de crítica social catapultou-o para a fama e, aquando da morte do Autor, o livro já contava com 46 edições. Em apenas 100 páginas, destrói-se o amor, a família, a religião. Quem consegue ficar indiferente a tamanha língua viperina?
A publicação das oito cartas que compõem este livro daria ori­gem a um leque de reacções, do aplauso fervoroso à condenação feroz. O pessimismo e a mordacidade da voz de Albino Forjaz de Sampaio atingiram de forma certeira algumas das fundações do edifício português: o clericalismo enfatuado, a moral balofa, o populismo sabichão. Mais de cem anos depois, encontrarão estas cartas os mesmos destinatários?

Estão disponíveis em todas as livrarias a 5 de Junho.


A ROSA DO ADRO
Manuel Maria Rodrigues
15x23
224 páginas
Ficção/Romance
13,90 €
Nas livrarias a 05 de Junho
Guerra e Paz Editores

PALAVRAS CÍNICAS
Albino Forjaz de Sampaio
15x23
112 páginas
Ficção/Crónicas
11,90 €
Nas livrarias a 05 de Junho
Guerra e Paz Editores

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