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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Outras espécies de snobs

Aproveitando um pouco o assunto dos snobs literários, sinto-me na obrigação de elaborar um texto sobre outro tipo de pessoas que também me irrita muito. Não são snobs, mas têm a mania (em geral). E se há coisa que me incomoda, são pessoas que têm a mania. Para quê? Nasceram em algum berço de ouro? Não! Há pessoas que se podem dar ao luxo de ter a mania e mesmo assim, são humildes e dão-se  bem com qualquer um. Por isso não percebo... 

Eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, é verdade. Quem me conhece bem sabe que por vezes entro na minha casca de caracol e é com muito custo que me conseguem fazer sair. Mas tenho educação, e aprendi desde pequenina que, quando se passa por pessoas conhecidas na rua, diz-se "Bom Dia." Nem é preciso mais que isto. Ninguém me obriga a ficar ali o resto do dia à conversa, mas ao menos fui simpática. Também tenho dias "nãos" em que não apetece mesmo nada mostrar os dentes seja a quem for, mas mesmo assim...

 Estão a ver aquelas pessoas que em algum momento da vossa vida se cruzaram e tiveram que conviver por algum tempo, seja lá porque motivo foi? Estão a ver? Então e agora, quando se cruzam na rua e vão a dizer um "olá" e vêm a outra pessoa a virar a cara, como se não tivesse vos visto? É fofinho, não é?

Não sei se sou eu que sou muito inocente, mas a verdade é que isto me acontece algumas vezes. E incomoda-me, porque não fiz nada que justifique faltarem-me ao respeito. Sempre com as mesmas 2 ou 3 pessoas, por sinal pessoas que sempre achei arrogantes e com a mania que são melhores que toda a gente. Só que, por circunstâncias da vida, houve alturas que nos cruzámos e convivemos e tivemos algumas conversas normais que poderiam ter-me feito mudar de opinião. Não fizeram, claro, porque eu sou muito fiel à primeira impressão que tenho das pessoas e raramente me provo enganada. Mas não é por isso que deixo de cumprimentar as pessoas quando a convivência obrigatória termina. Infelizmente devo ser só eu que penso assim.

No meio disto tudo lá descobrimos que estas pessoas gostam de ler. Aí ainda fico tentada a dar-lhe algum crédito, porque afinal de contas sempre temos alguma coisinha em comum. Quiçá, isso não possa ser um tema de eventuais conversas? Talvez até uma forma de nos conhecermos melhor e de poder mudar a minha opinião sobre a pessoa... Sonhar não paga imposto, digo eu... Só que depois percebo que estas pessoas lêem única e exclusivamente livros de Nicholas Sparks, Margarida Rebelo Pinto, Paulo Coelho e afins. Não desfazendo em quem gosta destes autores (eu mesma já gostei muito de Paulo Coelho), mas desconfio um pouco de pessoas que lêem sempre o mesmo tipo de literatura, principalmente quando se trata de livros light. Será muito cansativo ler um policial? Ou um livro grande, como A Queda dos Gigantes? Aposto que nunca ouviram sequer falar em Ken Follett... Ou terá algum problema em descobrir novas realidades? Penso que essa é a parte mais interessante de pegar num livro: explorar novos mundos, novos conceitos, novas leis, novas ciências e criar uma imagem mental disto tudo que é só nossa. Talvez não queiram sair da sua zona de conforto, tanto na literatura que escolhem, como na vida real.Talvez sejam só "poucoxinhas" de miolos. Quando penso nisto fico tentada a sentir-me um pouco superior a estas pessoas de nariz tão empinado. Posso? Posso? ehehe

Há uma rapariga em particular em quem as minhas palavras cabem que nem uma luva e que continua a virar a cara apressadamente para não ter que me dirigir a palavra. A sério, mas ela acha mesmo que eu tenho interesse em dizer-lhe uma letrinha que seja? Fico sempre com uma vontade de me rir quando a rapariga faz isto. E isto não é só comigo, claro, é com todas as pessoas que não sejam "da alta" ahahah 

Enfim, entre um snob literário e uma manienta, venha o diabo e escolha... O snob ao menos ainda é educado, à maneira dele!

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