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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Feira Medieval - o "depois de"

Ontem foi o último dia da Feira Medieval e confesso que já estou com saudades. Foram quatro dias muito animados e sempre com a música tradicional destas festas como pano de fundo. A sério! Por morar mesmo em frente ao recinto da feira, passei os dias a ouvir os tambores e as gaitas de foles. Mas não deixou de ser engraçado porque me relembrava constantemente da animação que ia lá fora. E, por falar nisto, fico muito contente que a entrada na feira seja gratuita, senão teria que pagar cada vez que quisesse sair de casa. Assim já não teria muita graça, não é?

Durante o dia, a animação foi feita essencialmente pelas tasquinhas. A animação de rua começou sempre pelo meio da tarde e, mais ao final do dia, as barraquinhas de artesanato abriam as portas. Como puderam ver pelo meu primeiro post sobre a feira, fiz logo um estrago no primeiro dia. Mas não faz mal, a mochila é linda! Mas tem também uma pequena história por trás. 

Eu não costumo fazer compras logo nos primeiros dias porque tenho sempre esperança que, com o avançar dos dias, algumas coisas baixem de preço. Na primeira noite estava a beber café mais o meu moço num bar e mesmo em frente à esplanada estava um senhor a vender malas. Saltaram-me logo umas poucas à vista, não fosse eu doida por malas... Lá fomos perguntar o preço de umas quantas e o vendedor mostrou-me mais alguns modelos que estavam a um canto e que eu nem tinha reparado. E lá estava a que acabei por trazer para casa, mas não naquele momento porque até a achei um pouco cara. O meu moço queria logo negociar e negociar, até que a mala ficasse ao preço da chuva. Mas eu não gosto nada disso, porque sei que são coisas que dão muito trabalho e muitas vezes o preço a que se vende não compensa as despesas que se tem. E fomos embora. Mais tarde, o meu moço lá andou a revirar a carteira dele e mais a minha e entre os dois faltavam 3 euros para o preço da mala. Não é que houvesse necessidade disto, porque podia perfeitamente ir ao multibando. Mas não! Ele queria ir negociar! Deixou-me à conversa com o meu pai, pegou no dinheiro, assegurou-me que sabia perfeitamente que mala é que eu queria e lá foi ele. Entretanto eu e o meu pai fomos caminhando e passado um pouco estávamos em frente à tenda das malas e reparo que o vendedor já estava a por uma mala no saco e a aceitar o dinheiro. E depois olhei melhor: não era a minha mala!!! Ai, fiquei capaz de deitar  fumo pelos olhos... Tanta coisa e aposto que chegou ao pé do vendedor e apanhou a primeira mala que viu. Amávelmente, o vendedor lá fez a troca e ficou o assunto resolvido. Enfim, homens...

Para além das malas, vi coisas lindíssimas nas tendas de artesanato. Não só bijuterias e peças de roupa. Este ano havia duas tendas com uma novidade; candeeiros trabalhados com vidros de várias cores. Garanto-vos que eram lindíssimos. Não fossem eles tão caros e não sei se não tinha trazido um para casa. E mais pessoas que encontrei na feira também os achavam maravilhosos. 

Já agora, alguém sabe o que aconteceu ao tabaco de sabores das shishas? Encontrei os acessórios para fumar  shisha em todas as barracas, menos o tabaco. E ainda fiquei com fama de drógada porque tive o azar de comentar com o meu moço, com uma velha cusca cá do sítio mesmo ao meu lado, que ainda não tinha visto o tabaco em lado nenhum. Vocês não imaginam a rapidez com que a velha se virou e me olhou de alto a baixo com cara de "hum, nunca me enganaste!" Fiquei sem saber se me ria ou se fugia...

Ao final da noite, depois das voltas pelo artesanato (que o meu moço já não via à frente), acabávamos na zona das tasquinhas. Por acaso fomos sempre à mesma porque, para além de ser gerida por um amigo, a sangria era boa. Acho que todas as associações desportivas e bares da terra estavam representados nesta zona. Também havia a tenda dos crepes e das waffles, do pão com chouriço e os doces tradicionais da região. Faltou mesmo só a senhora do pão-de-ló de Ovar. Não sei o que se terá passado, pois a senhora tem sido presença assídua todos os anos. E eu, como gulosa que sou, também tenho sido uma cliente muito assídua. A sério, senti a falta da senhora. Quanto mais não seja porque já andava há mais de um mês a pensar no pão-de-ló de Ovar. Rai's partam.... Vou salivar até pró ano!

E é isto... É claro que houve muito mais animação pela festa, como cortejos, danças orientais, representações históricas, mas se vou a falar disso tudo não saimos daqui!

Deixo-vos algumas fotos (muito poucas porque a minha máquina é muito mázinha a tirar fotos de noite...) e podem ainda aceder à página Alentejo 360, onde encontram a reportagem da feira.





A tal sangria, que ontem serviu para a despedida. Pró ano há mais!
Queria ainda mostrar-vos a escultura que foi feita este ano, ao vivo, no recinto da feira. O escultor chama-se Nelson Ramos e podem consultar o blog dele aqui. Se não me engano, terá sido também durante outra feira medieval que o escultor apresentou a sua primeira obra em Castelo de Vide. Entretanto muitas outras vieram. No Natal passado houve um enorme rebuliço em torno do presépio em madeira que foi feito junto ao edifício da câmara, num recinto preparado para que as pessoas pudessem acompanhar o crescimento do mesmo. Não houve dia algum em que as pessoas não se deslocassem ao local para ver como ia a obra. Entretanto já passou pelo Andanças e outros eventos e mesmo assim, surpreende-nos sempre com o seu trabalho. Espreitem o blog, de certeza que vão gostar!


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