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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Dom Casmurro: Pode a traição ser pintada com as cores do humor?

Dom Casmurro
Machado de Assis
15x23
248 páginas
14,00 €
Ficção/Literatura Estrangeira
Nas livrarias a 29 de Junho
Guerra e Paz Editores

Dom Casmurro é a alcunha de Bento Santiago, que, velho e só, desvela as suas memórias naquele que é considerado um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Este romance maior da literatura de língua portuguesa integra, agora, a colecção de Clássicos da Guerra e Paz Editores. O livro de Machado de Assis estreia-se na nossa estante a 29 de Junho e leva-nos, entre risos e suspiros, por uma viagem inacreditável de ciúme, dúvida e traição.   
Uma promessa de D. Glória, mãe de Bento Santiago, traça-lhe o destino como padre, mas Bentinho, apaixonado desde tenra idade pela vizinha Capitu, abandona o seminário. Estuda Direito e casa-se com o seu grande amor, mas deixa que o ciúme e a desconfiança encontrem a porta de casa. Casmurro, suspeita que o pai biológico do seu filho, Ezequiel, é o seu grande amigo Escobar. 

A dúvida é o grande mistério de Dom Casmurro, um clássico publicado pela primeira vez em 1899, que tem trazido o tema à discussão sempre que alguém se deixa deliciar com a prosa de um escritor de quem Eduardo Lourenço disse ser «um autor sensível, como poucos, ao sentido do trágico». E se, nas primeiras décadas após a edição, o adultério parecia óbvio para os leitores, hoje muitos duvidam da infidelidade de Capitu. «Era impossível em história de um adultério levar mais longe a arte de apenas insinuar, advertir o fato sem jamais indicá-lo», escreveu José Veríssimo, um dos principais críticos literários da época, na História da Literatura Brasileira. Será?

Sobre o autor

Machado de Assis. Filho de pai carioca e mãe açoriana, um dos maiores nomes da literatura do Brasil, José Maria Machado de Assis, nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 1839. Depois dos primeiros poemas, publicados na imprensa, segue-se uma profusa obra, que abarca os mais diversos géneros: crónica, conto, romance, teatro, crítica literária. Em 1864 edita Crisálidas, o primeiro livro de poesia, e, em 1872, Ressurreição, o primeiro romance. Inicialmente, as suas obras possuem características românticas, mas é no Realismo que se distingue, com romances como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), Quincas Borba (1891) ou Dom Casmurro (1889), ao dar espaço à análise psicológica das personagens, aos seus desejos e necessidades, qualidades e defeitos. Morreu na madrugada de 29 de Setembro de 1908, em casa, no Rio de Janeiro, aos 69 anos.Mas os seus pulmões precisavam ainda de mais calor. Viajou, por isso, em 1888, para os Mares do Sul. Ficou a morar em Samoa. Os nativos gostaram dele. Sabia contar uma história e eles gostavam de o ouvir.





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