Piano Surdo/ Vila de Cobres

A opinião de hoje vem em dose dupla e em versão mini. É  a primeira vez que faço algo do género aqui no blog, mas como li os dois contos ontem e até são da mesma autora, parece-me uma boa solução. 

Piano Surdo

Em Piano Surdo encontramos a história de uma mulher solitária e um tanto perturbada por ter ficado surda,  após um acidente de viação. Só isto bastaria para estarmos perante uma história dramática, mas há mais. A nossa personagem é pianista e, como tal, é através da música que comunica com o mundo em seu redor. Mas, desde o acidente, é como se a música fosse apenas um sopro silencioso. 

Eu gosto muito da escrita da Olinda. É simples e, ao mesmo tempo,  tão bonita. Não sei explicar bem, mas certamente que quem conhece outras obras da autora percebe a que me refiro. O conto lê-se rápido e é impossível não nos imaginarmos na pele da protagonista, num mundo calado. Dá que pensar.


Vila de Cobres

Vila de Cobres conta-nos a história de um engenheiro inglês, John Smith, que viaja para Portugal à procura de reconhecimento na sua área profissional. Assim sendo, muda-se para o Alentejo e começa a trabalhar nas minas de extracção de cobre. Só que John Smith comete um crime horrível a história é-nos relatada a durante a sua fuga, rumo a Inglaterra.

Este conto já não conta tanto com a escrita embelezada da autora, pois a essência do crime que nos é relatado pede um tom mais sério. Mas nem por isso deixa de ser uma boa leitura.


Recomendo!