Meus caros, não é fácil escrever uma opinião sobre este livro. E não digo isto de forma leviana. Não. Recebi o meu exemplar através da parceria com a Guerra & Paz e apesar de o ter lido em duas tardes, tenho vindo a evitar o blogger por não conseguir formular um texto coeso e com sentido.
Não sei como acontece convosco, mas eu sinto sempre mais dificuldade em escrever opiniões positivas. Consigo ser mais objectiva quando sei exactamente para onde apontar o dedo. Mas no caso de À Espera de Bojangles, que foi uma excelente leitura, não deixo de sentir aquele receio de que nenhuma palavra faça justiça à qualidade e sensibilidade que a história requer.
Olivier Bourdeaut conta-nos desta forma romanceada e com algumas mentiras pelo meio, um pouco sobre a sua infância. Os seus pais viviam desafogadamente e tiravam o melhor partido possível desse estatuto. Todas as noites, a casa ficava repleta de amigos que fumavam, bebiam, conversavam e por vezes até pernoitavam. E Olivier mantinha-se acordado pela noite dentro, conversando com os convivas sobre todo o género de temas. Acontece que para poder frequentar estas festas constantes, os seus pais só o deixavam ir à escola da parte da tarde, algo que a professora seriamente desaconselhava.
Cedo percebemos que aquela família não regula bem. Se por um lado conseguem ser uma família unida e que se ama muito, por outro há muitas coisas que não são deste mundo. No entanto, o que será de nós sem um pouco de loucura?
O livro é rico em detalhes que ora nos levam as mãos à cabeça, ora nos arrancam gargalhadas. Começando pelas patifarias da Menina Sem Préstimo, o nome da mãe que muda quase a cada página, as paredes da sala pintadas de cor de m****, as meias rotas na cabeça durante o rapto... (sim, há um rapto muito peculiar neste livro).
No meio de uma vida tão agitada e preenchida, apenas Mr. Bojangles, interpretado por Nina Simone, se mantém constante e passa para este lado uma vontade irresistível de dançar lentamente ao seu ritmo.
Como vos disse, faltam-me as palavras para falar sobre este livro. É uma leitura surpreendente, não só pela velocidade a que as páginas avançam, mas também por me levar ao riso e ao choro em menos de nada. Logo eu que não sou destas coisas, comovi-me com o final. E tocou-me de tal forma que desde então não paro de o recomendar. Levei-o até para o Clube de Leitura, cujo tema convidava a celebrar o Dia do Turista, lendo um livro passado num país/cidade que gostassemos de conhecer, neste caso França e norte de Espanha, apesar de o livro nunca especificar onde se desenrola a ação.
Esta é uma opinião um tanto atabalhoada, mas muito sincera :) Será que consigo convencer-vos?
Olivier Bourdeaut conta-nos desta forma romanceada e com algumas mentiras pelo meio, um pouco sobre a sua infância. Os seus pais viviam desafogadamente e tiravam o melhor partido possível desse estatuto. Todas as noites, a casa ficava repleta de amigos que fumavam, bebiam, conversavam e por vezes até pernoitavam. E Olivier mantinha-se acordado pela noite dentro, conversando com os convivas sobre todo o género de temas. Acontece que para poder frequentar estas festas constantes, os seus pais só o deixavam ir à escola da parte da tarde, algo que a professora seriamente desaconselhava.
Cedo percebemos que aquela família não regula bem. Se por um lado conseguem ser uma família unida e que se ama muito, por outro há muitas coisas que não são deste mundo. No entanto, o que será de nós sem um pouco de loucura?
O livro é rico em detalhes que ora nos levam as mãos à cabeça, ora nos arrancam gargalhadas. Começando pelas patifarias da Menina Sem Préstimo, o nome da mãe que muda quase a cada página, as paredes da sala pintadas de cor de m****, as meias rotas na cabeça durante o rapto... (sim, há um rapto muito peculiar neste livro).
No meio de uma vida tão agitada e preenchida, apenas Mr. Bojangles, interpretado por Nina Simone, se mantém constante e passa para este lado uma vontade irresistível de dançar lentamente ao seu ritmo.
Como vos disse, faltam-me as palavras para falar sobre este livro. É uma leitura surpreendente, não só pela velocidade a que as páginas avançam, mas também por me levar ao riso e ao choro em menos de nada. Logo eu que não sou destas coisas, comovi-me com o final. E tocou-me de tal forma que desde então não paro de o recomendar. Levei-o até para o Clube de Leitura, cujo tema convidava a celebrar o Dia do Turista, lendo um livro passado num país/cidade que gostassemos de conhecer, neste caso França e norte de Espanha, apesar de o livro nunca especificar onde se desenrola a ação.
Esta é uma opinião um tanto atabalhoada, mas muito sincera :) Será que consigo convencer-vos?
Viva,
ResponderEliminarConvencido e percebo o sentimento de frustração quantas vezes não senti que não fiz juz à qualidade de um livro, é que não é fácil.
Fica desde já registada a tua recomendação, a ver se consigo arranjar em alguma promoção ;)
Bjs e boas leituras
Olá Fiacha,
EliminarEspero que tenhas oportunidade de o ler porque vale muito a pena :)
Acho que é daqueles livros que qualquer pessoa consegue gostar, independentemente de preferências literárias
beijinhos
;D Muito bom, spi! (aplauso) deixaste transparecer como o livro nos toca :D
ResponderEliminarQue o Olivier traga mais histórias!
beijinhos e boas leituras
Oh, eu acho-a fraquinha. Mas também não conseguiria falar muito mais sem começar a fazer spoilers... Sobre o rapto, a parece cor de m****, o final e a forma como não estava a contar com ele.... Opa, só me apetece fazer spoilers!!
Eliminar*parede
EliminarOlá Sofia,
ResponderEliminarConcordo contigo, é mais difícil falar sobre um livro que adoramos, do que aqueles que não gostamos.
Já li o livro e gostei bastante. Já escrevi também a minha opinião e agendei para a semana, pois tenho outras opiniões antes ;)
Muito obrigada pela recomendação pois é um livro que nos toca =)
Beijinhos
Olá Tita,
EliminarEu sabia que ias gostar :) Fico à espera de ler a tua opinião sobre o livro. Espero que o autor nos traga mais histórias assim. Adorava saber como cresceu, depois daquele final.
beijinhos