Correspondência 1949-1978
Jorge de Sena e Eugénio de Andrade
Organização Mécia de Sena
15x23
608 páginas
26,00 €
Não Ficção/Correspondência
Nas livrarias a 2 de Novembro
Guerra e Paz Editores
É
um grande acontecimento literário. Vamos poder ler as cartas que,
durante três décadas, dois dos maiores escritores portugueses do século
XX, Jorge de Sena e Eugénio de Andrade trocaram. Num livro de 608
páginas, estão três décadas de revelações literárias, políticas e
pessoais.
Prosseguindo
uma das vertentes que é já tradição na Guerra e Paz desde a sua
fundação, este livro junta-se às Correspondências de grandes
personalidades do nosso tempo e às Correspondências de Sena já editadas,
que incluem a Correspondência com Sophia de Mello Breyner Andersen,
Raul Leal, Delfim Santos e João Gaspar Simões. Organizado por Mécia de
Sena, esta Correspondência 1949-1978 compila três décadas
de amizade e admiração mútua entre dois dos melhores autores
portugueses. Sena escreveu numa das suas cartas a Eugénio: «Lembro-me
que, em tempos, o acusaram de desumanidade. Não encontro, todavia, senão
uma pagã humanidade; e mais vale uma humanidade assim, que só se
importa com o que liricamente toca, do que fingir sentimentalidades
oportunas.» Responde-lhe Eugénio: «Queria dizer-lhe que gostei muito do
seu livro. Encontro nele uma autenticidade e originalidade a que não
estou habituado na moderna poesia portuguesa. E ser autêntico é tão
difícil! “Os pássaros conhecem-me!” E quero que você me conheça também. Por isso lhe peço que acredite na sinceridade destas palavras.»
Com
organização de Mécia de Sena e apresentação de Isabel de Sena, chega a 2
de Novembro às livrarias portuguesas um livro em que vamos poder ler as
cartas em que dois grandes poetas – tão diferentes nos seus temas e na
essencialidade da sua obra – de uma forma franca e sem subterfúgios
falam da literatura que era o centro das suas vidas. Mas estas cartas
são também testemunho de uma límpida e surpreendente amizade, porta
aberta à partilha das dificuldades da vida, dificuldades familiares ou
profissionais. São cartas emotivas, retrato da vida social e política
portuguesa, e nelas vemos, década a década, o rosto de Portugal, o rosto
da literatura, o rosto da vida, mudar, ruga a ruga, letra a letra.
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