O fim da Extrema-Esquerda em Angola
Leonor Figueiredo
15x23
264 páginas
16,90 €
Não Ficção / História Política
Nas livrarias a 19 de Julho
Guerra e Paz Editores
A jornalista Leonor Figueiredo, que nasceu em Portugal e cresceu em Angola, resume no livro O Fim da Extrema-Esquerda em Angola,
o resultado de uma investigação que encetou, apoiada em mais de 30
testemunhos recolhidos nos dois países e num espólio relativamente
reduzido, uma vez que grande parte dos documentos terá sido apreendido
ou destruído. No ano e meio que mediou entre a Revolução dos Cravos em
Portugal e a independência de Angola a 11 de Novembro de 1975, viveu-se
um intenso período de democracia. Este livro procura relatar a
complexidade dos caminhos de aprendizagem da liberdade e do debate
político, ajudando a compreender melhor o que se passou. A denunciar o
que a história oficial não conta. Com prefácio do historiador
Jean-Michel Mabeko-Tali.
No
final de 1974, dois MPLA encontraram-se pela primeira vez em Luanda.
Um, era o movimento oficial, com os seus dirigentes e os guerrilheiros
vindos da mata e de Brazzaville. O outro, era um MPLA informal,
heterogéneo, composto por jovens que o imaginaram ouvindo, na rádio, as
emissões clandestinas do Angola Combatente. Após o 25 de Abril de 1974,
esses jovens tornam-se politicamente muito activos, desenvolvendo
acções, em nome do MPLA, nas escolas e nos musseques.
Foi o choque de duas gerações e de duas ideologias, a pró-soviética da cúpula do MPLA e a maoista dos jovens idealistas. As primeiras prisões políticas ocorreram ainda antes da independência de Angola. Estima-se que mais de cem militantes desta extrema-esquerda, dos CAC, da OCA e do NJS, foram presos e torturados, até 1980. Só depois de várias e prolongadas greves de fome é que os libertaram. Eram homens e mulheres, angolanos e portugueses.
Este
é o quarto livro de Leonor Figueiredo a abordar períodos da História
Contemporânea de Angola. O primeiro debruça-se sobre a descolonização e o
abandono a que as autoridades portuguesas votaram os seus cidadãos; o
segundo faz a biografia de Sita Valles, uma mulher que se cruzou com o
sangrento 27 de Maio de 1977; e o terceiro vem revelar um desconhecido
movimento estudantil que fervilhou em Angola nos anos de 1974 e 1975.
O Fim da Extrema-Esquerda em Angola
chega às livrarias a 19 de Julho. A sessão de lançamento decorre no
mesmo dia, às 18h30, na Casa da Imprensa, em Lisboa, com apresentação de
Michel Cahen, director de investigação do CNRS-Bordeaux, e comentário
de Sédrick de Carvalho, jornalista angolano, activista e um dos «15+2».
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