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domingo, 18 de dezembro de 2016

Sonho de Cetim, Loretta Chase

Foi na recta de final de 2015 que li Loretta Chase pela primeira vez e surpreendi-me com o quanto gostei do seu livro. Lembrou-me os romances da Nora Roberts mas mais bem construído e sem que todo o relacionamento dos personagens parecesse forçado. Os fãs de Nora Roberts que me perdoem por dizer tal coisa, mas parece que ultimamente a rainha do romance se limita a repetir uma fórmula de sucesso, negligenciando o poder das palavras. 

Quem segue o blogue há mais tempo, já deve ter percebido que raramente escrevo opiniões de romances cutxi cutxi e isto acontece porque também é raro lê-los. Dou por mim a preferir os históricos ou alguma coisa mais clássica nesta categoria, mas de vez em quando também sinto falta de alguma coisa mais leve e quanto a isso a série das Dressmakers tem-se revelado uma excelente escolha. 

O casamento de Marcelline com o Duque de Clevedon deixou a Maison Noirot em maus lençóis, em boa parte porque as senhoras da alta sociedade se recusam a aceitar uma Noirot como duquesa de Clevedon. Pior do que isso, a mãe de Lady Clara, a ex-noiva não tão preocupada quanto isso, faz questão de demonstrar publicamente o seu descontentamento com toda a situação, denegrindo ainda mais a imagem das modistas. Sophie Noirot tenta a todo o custo controlar os estragos que o casamento da irmã causou e que tanto afectou o negócio da família. Uma boa solução passaria por resolver o problema de Lady Clara e arranjar-lhe um marido digno, com uma carteira recheada e que não se importe de financiar o seu título de "melhor cliente da Maison Noirot". Só que apesar dos esforços de Sophie, Lady Clara torna-se um alvo fácil para fidalgos de intenções duvidosas e quando as coisas ficam feias, é preciso unir forças com o atrevido Conde de Longmore.

Confesso que achei Lady Clara uma "dama em apuros" um bocadinho irritante. Principalmente depois de se ter imposto ao pedido de casamento do Conde de Clevedon, revelando-se uma mulher corajosa e inteligente. Não esperava que caísse no conto do vigário e muito menos que fugisse e deixasse meio mundo preocupado. Se as irmãs Noirot se revelaram uma influência positiva na vida de Clara, não teria sido muito mais interessante ver Clara a agir como elas, traçando esquemas e manipulando o fidalgo de meia tigela de modo a ver-se livre dele? Fiquei com pena que a autora não optasse por um cenário deste género, mas também não posso dizer que não gostei do rumo que a história tomou. Sophie Noirot é descrita como uma mulher misteriosa e cheia de truques na manga e foi engraçado ver a autora a explorar esta faceta da personagem. E depois há o Conde de Longmore, que com o seu charme desconcertante, especialmente para Sophie, torna a história bem mais divertida.

Falta-me ainda ler o terceiro volume da série, Capricho que Veludo, cuja acção se desenvolve em torno de Leonie Noirot, que tem tido muito pouco protagonismo nos primeiros livros. Estou curiosa para saber que mistérios esconde a mais nova das modistas :)


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1 comentário:

  1. Olá Sofia,
    Nunca li nada da autora mas até parecem ser giros. Talvez um dia os leia ;)
    Beijinhos e boas festas

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