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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

A Sexta Extinção, Elizabeth Kolbert [Opinião]

Elizabeth Kolbert é jornalista de investigação e ganhou fama ao receber o Prémio Pulitzer em 2015. 

A Sexta Extinção chegou à minha estante pouco depois de ter sido publicado em Portugal. A ideia era apostar um pouco mais em livros de não-ficção, em temáticas do meu interesse.  A par com o Sapiens e The Brief History of Time, são livros que abordam temas leccionados no meu curso e que de vez em quando gosto de rever. 

O nosso planeta tem 4,54 biliões de anos e sabe-se que a existência dos seres humanos é muito recente em comparação com a idade da Terra. O estudo da Geologia é muito importante para decifrar o passado do nosso planeta e compreender o futuro. Através de estudos estratigráficos é possível tirar conclusões sobre a fauna e a flora, a composição atmosférica, entre outros aspectos, em determinado período do tempo. 
 
Desta forma, sabe-se que ao longo dos tempos os seres vivos (animais e vegetais) passaram por períodos de grande desenvolvimento e dispersão e, posteriormente, declínio, que em alguns casos poderá ter conduzido à extinção de algumas espécies. A maioria das extinções de que há conhecimento foram causadas por alterações ao meio ambiental envolvente. Seja porque os níveis de dióxido de carbono atmosférico diminuíram, ou porque o nível médio do mar sofreu alterações, ou porque surgiu um novo elemento na cadeia alimentar.... Tratou-se, assim, de processos em que a Natureza seguiu o seu curso. 

Em A Sexta Extinção, Elizabeth Kolbert traz-nos uma abordagem diferente a este tema e sugere que a próxima extinção em massa será provocada pela acção humana. Seja através da caça excessiva de algumas espécies, desflorestação, alterações climáticas e da poluição que directa ou indirectamente perturbam os ecossistemas e provocam o extermínio de espécies que não são capazes de se adaptar às novas condições. Cada capítulo é dedicado a uma diferente expedição feita pela autora e o relato é feito de uma forma muito clara, de modo a que qualquer leitor perceba a mensagem, mesmo sem conhecimentos científicos. E calma! Não se trata de um livro alarmista como foi, em tempos, o documentário Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore. Vários capítulos são dedicados a espécies já extintas devido à acção humana, mostrando-nos assim que, a pouco e pouco, a próxima grande extinção já começou.
 
 
 Recomendo a leitura, especialmente neste período de confinamento em que podemos aproveitar para dedicar algum tempo à leitura, a aprender algo novo e a reflectir sobre o nosso lugar no Mundo.



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