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domingo, 19 de outubro de 2014

O Escândalo Modigliani


Eu adoro Ken Follett. Li o primeiro volume d' Os Pilares da Terra no ano passado e entretanto já conto com 10 livros do autor na minha estante, à espera que um dia seja a sua vez. Mas O Escândalo Modigliani chegou cá a casa apenas na segunda-feira passada. Nesse dia fui desafiada por uma amiga para ir até Portalegre, porque o Continente tinha lá livros a 5 euros. Nem era preciso mais para me convencer, mas ainda me propôs que o almoço fosse no restaurante chinês e eu não sou pessoa de recusar tal coisa.

Infelizmente, quando chegámos ao Continente já não havia nenhum livro a 5 euros. Estava apenas uma bancada com alguns livros a 50% de desconto, mas como nenhum me convenceu, limitei-me a ver as restantes bancadas. Nem foi preciso escolher muito, pois livros de Ken Follett saltam-me logo à vista e agarrei-me logo a este exemplar.

O Escândalo Modigliani foi publicado pela primeira vez em 1976, sendo uma das suas primeiras obras. Na nota introdutória, o autor confessa que tencionava escrever uma história bem diferente da que podemos ler hoje, e encarou-a como um falhanço. Ainda assim, foi muito elogiada pelos críticos e pelo público, em geral. 

Confesso que esperava que o livro fosse um romance histórico ou mesmo um policial, mas na verdade encontrei uma sátira ao universo dos marchands, das galerias e do mercado de arte, onde se movimentam quantias avultadas e todos os intermediários lucram, excepto o próprio artista que só chega a ser valorizado depois de morto. Para isso o autor criou um thriller emocionante, em que vários personagens embarcam numa caça ao tesouro, procurando uma obra perdida de Modigliani. Acaba por se tornar engraçado perceber que, subitamente, surgem vários ingleses numa pequena aldeia italiana a fazer perguntas sobre um quadro desaparecido. Também é divertido ver as manhas de cada um para passar à frente dos seus adversários e ainda mais divertido é o desfecho da história.

Acabei por lhe atribuir uma cotação de 4 estrelas no Goodreads, pois apesar de já se notar a mestria do autor como contador de histórias, percebe-se que ainda não atingira o seu auge. Ainda assim, é uma óptima leitura.


7 comentários:

  1. Este por acaso nunca li.

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  2. Ois,

    Deste escritor apenas li Os Pilares da Terra e o Voo da Águia e gostei de ambos, embora tenha preferido o primeiro.

    É sem duvida um excelente escritor, mas os livros são muito caros, já considero os livros modo geral caros, mas os do Follet, escalda mesmo....assim não se promove a leitura no nosso país :(

    Deve ser bem interessante, este mundo da arte movimenta muitos interesses :)

    Bjs e boas leituras

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    1. O autor refere isso muito bem. Acabamos por conhecer o ponto de vista dos artista, que acabam por andar a contar tostões sem nunca verem a sua obra reconhecia e depois de morrerem, passam a valer milhões. É um livro muito bom, sem dúvida. É curioso o Ken Folett ter começado por o ver como um falhanço.

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  3. Fui procurar depois que me indicasse e a sinopse me fez interessar. Agora lendo a tua opinião fiquei com mais vontade de ler. :) Já marquei á no GR, mas tenho de ver se já tenho o ebook ou se tenho de procurar para por na lista do to-read. :)

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    1. Não sei no Brasil terá ficado com o mesmo nome... Mas é possível. Por acaso tenho alguns e-books do Ken Follet em pt-br, mas logo por azar não tenho este, senão enviava-to.

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    2. Não faz mal e obrigada. ;)
      Pois talvez até tenha em espanhol, mas já que faz um tempo que fechei essa pasta - não tenho como olhar agora. Como vi que é curto, talvez tente assim que der - e quem sabe com este minha vontade de ler volte (já vou a mais de um ano desse jeito), né?

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