Isabel
tinha 12 anos quando se casou com D. Dinis. De personalidade rara, era
inteligente, devota e caridosa (além de bela) e cobiçada por várias
cortes europeias para uma aliança de casamento. Os interesses políticos
fizeram com que viesse parar a Portugal, em 1282. Não foi submissa nem
se alheou dos problemas do reino. Revelou-se firme na defesa dos pobres,
dos doentes e dos excluídos e por diversas
vezes enfrentou o rei D. Dinis com grande coragem, tendo um papel
determinante em momentos políticos decisivos na Península Ibérica. De
tal maneira que o rei a desterrou para Alenquer para evitar a sua
influência. Mesmo
assim, usou os conhecimentos e laços familiares para conseguir a paz
entre D. Dinis e o filho D. Afonso – futuro D. Afonso IV – durante a
guerra que os opôs.
É mais conhecida pelas curas e pelos milagres que alegadamente realizou. Quem nunca ouviu a história do milagre das rosas?
Foi beatificada pelo Papa
Leão X em 1516,
passam este ano 500 anos, e mais tarde canonizada (graças ao grande empenho da dinastia filipina) pelo Papa Bento XIV. Mas , na verdade,
Isabel sempre foi Santa na memória do povo.
É
a historia desta Rainha Santa, figura enigmática ao redor de quem se
construíram muitas lendas e sobre
quem na realidade pouco se sabe, que Isabel Machado nos traz,
baseando-se numa pesquisa exaustiva de onde se destacam factos como os
seus
profundos conhecimentos de medicina.
Sobre a autora
Isabel
Machado é escritora
e jornalista, nasceu em Lisboa, concluiu o 12.º ano nos Estados Unidos e
é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela
Faculdade de Letras da
Universidade Clássica de Lisboa.
Nos anos 80 recebeu o
primeiro prémio nacional de um concurso europeu de dissertação,
promovido pela Alliance Française de Paris e, em 2003, foi-lhe
atribuído um prémio de jornalismo da Fundação Roche e da Liga
Portuguesa Contra o Cancro, por uma reportagem publicada na revista
LuxWoman
sobre cancro infantil.
Fez trabalhos de
tradução e de interpretação simultânea, leccionou Português e Francês no
ensino básico e Português como língua estrangeira. Durante
11 anos foi pivô e jornalista da Televisão de Macau, colaborando
regularmente com publicações locais. Em Portugal, foi pivô do Canal
Parlamento desde 2003 até Janeiro de 2011.
Em 2011 publicou o seu primeiro romance histórico,
Isabel I e o seu médico português e, em 2014,
Vitória de
Inglaterra – A rainha que amou e ameaçou Portugal.
Já em 2015 publicou Constança – A princesa traída por Pedro e
Inês, cuja acção decorre num período
da História de Portugal imediatamente posterior ao de A Rainha
Santa, o seu quarto romance histórico.
Olá Sofia,
ResponderEliminarNão conhecia este livro. Parece ser muito interessante.
Beijinhos