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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Bolachas de manteiga de amendoim [receita]

Não gosto de manteiga de amendoim. 

Não me batam já!


Acontece que há umas semaninhas veio cá parar um frasco a casa, dentro de um cabaz de oferta do Pingo Doce. Neste segundo confinamento, com o cinto ainda mais apertado do que no primeiro, comecei também a dedicar-me à cozinha e a tirar mais proveito da minha Bimby. Depois de uma breve pesquisa, encontrei esta receita de bolachas de manteiga de amendoim e pepitas de chocolate no blogue da Graça - Truques e Dicas, a quem desde já agradeço a partilha. 


Ingredientes

  • 180g de chocolate (misturei chocolate de culinária com chocolates do Natal)
  • 100g de manteiga culinária
  • 80g de manteiga de amendoim
  • 170g de açúcar amarelo
  • 1 ovo (usei L)
  • 230g de farinha T55 c/ fermento (usei farinha para bolos c/ fermento)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio ou fermento para bolos (usei fermento)

 

Preparação para Bimby 

  •  Pique o chocolate de forma grosseira. Eu piquei o chocolate à mão, excepto o de culinária por ser muito duro. Coloquei esse na Bimby vel 6/ 4 a 6 segundos. Reserve.
  • Coloque no copo a manteiga de amendoim, o ovo, a manteiga culinária, o açúcar e bata 30seg/ vel 4
  • Junte o fermento e a farinha e envolva 10seg/ vel 6
  • Depois de raspar o que ficou nas paredes do copo, adicione o chocolate e envolva 20 seg/ colher inversa/ vel 3.
  • Pré-aqueça o forno a 180º
  • Entretanto, com a ajuda de uma colher de chá molde bolinhas de massa e disponha num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal. Conte com algum espaço entre as bolinhas e coloque no forno sem achatar. 
  • Reduza um pouco a temperatura do forno para 170º e cozinhe cerca de 15 minutos até ficarem douradas. Deixe arrefecer antes de tirar do papel vegetal. 

 


 

 



E para quem não gosta de manteiga de amendoim, só vos digo: são divinais!

A Sexta Extinção, Elizabeth Kolbert [Opinião]

Elizabeth Kolbert é jornalista de investigação e ganhou fama ao receber o Prémio Pulitzer em 2015. 

A Sexta Extinção chegou à minha estante pouco depois de ter sido publicado em Portugal. A ideia era apostar um pouco mais em livros de não-ficção, em temáticas do meu interesse.  A par com o Sapiens e The Brief History of Time, são livros que abordam temas leccionados no meu curso e que de vez em quando gosto de rever. 

O nosso planeta tem 4,54 biliões de anos e sabe-se que a existência dos seres humanos é muito recente em comparação com a idade da Terra. O estudo da Geologia é muito importante para decifrar o passado do nosso planeta e compreender o futuro. Através de estudos estratigráficos é possível tirar conclusões sobre a fauna e a flora, a composição atmosférica, entre outros aspectos, em determinado período do tempo. 
 
Desta forma, sabe-se que ao longo dos tempos os seres vivos (animais e vegetais) passaram por períodos de grande desenvolvimento e dispersão e, posteriormente, declínio, que em alguns casos poderá ter conduzido à extinção de algumas espécies. A maioria das extinções de que há conhecimento foram causadas por alterações ao meio ambiental envolvente. Seja porque os níveis de dióxido de carbono atmosférico diminuíram, ou porque o nível médio do mar sofreu alterações, ou porque surgiu um novo elemento na cadeia alimentar.... Tratou-se, assim, de processos em que a Natureza seguiu o seu curso. 

Em A Sexta Extinção, Elizabeth Kolbert traz-nos uma abordagem diferente a este tema e sugere que a próxima extinção em massa será provocada pela acção humana. Seja através da caça excessiva de algumas espécies, desflorestação, alterações climáticas e da poluição que directa ou indirectamente perturbam os ecossistemas e provocam o extermínio de espécies que não são capazes de se adaptar às novas condições. Cada capítulo é dedicado a uma diferente expedição feita pela autora e o relato é feito de uma forma muito clara, de modo a que qualquer leitor perceba a mensagem, mesmo sem conhecimentos científicos. E calma! Não se trata de um livro alarmista como foi, em tempos, o documentário Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore. Vários capítulos são dedicados a espécies já extintas devido à acção humana, mostrando-nos assim que, a pouco e pouco, a próxima grande extinção já começou.
 
 
 Recomendo a leitura, especialmente neste período de confinamento em que podemos aproveitar para dedicar algum tempo à leitura, a aprender algo novo e a reflectir sobre o nosso lugar no Mundo.



quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A Besta Humana, Émile Zola [Opinião]

A Besta Humana foi publicado pela primeira vez em 1890. 

O autor, Émile Zola, nasceu em Paris em 1840 e foi considerado o pai da literatura naturalista. Faleceu em 1902, possivelmente assassinado devido à publicação do famoso artigo J'áccuse, em que acusa os responsáveis pelo processo de que Alfred Dreyfus, capitão do exército francês de origem judaica acusado injustamente de traição à República Francesa, foi vítima. 

Em A Besta Humana, Émile Zola retrata o ser humano com base no conceito de naturalismo, procurando justificar os comportamentos patológicos dos personagens com base em conceitos biológicos, psicológicos e sociológicos. Em suma, um produto do meio envolvente. 

O input da história é o matrimónio de Séverine e Roubaud, sub-chefe da estação de comboios do Havre, uma vez que a sua vida conjugal acaba por dar o mote para o desenrolar da história. O livro começa com uma cena banal, em que os dois jantam depois de um dia passado em Paris, conversando alegremente sobre o que cada um fez e encaminhando aos poucos a conversa para histórias do passado. 

Imaginem então o meu espanto quando, subitamente, um detalhe outrora omitido das histórias de Séverine, desencadeia uma cena de violência doméstica atroz, capaz de me fazer pousar o livros várias vezes e pensar seriamente se seria capaz de continuar a leitura.... Não sendo esta a temática do livro, a cena está na base das decisões tomadas pelo casal no desenrolar da história, acabando, cada um à sua maneira, por enveredar por caminhos obscuros e destrutivos.
 
Outra característica interessante desta história é a atribuição de características humanas às máquinas, tornando-as a certa altura mais puras que os seres humanos. É por isso que a descrição da locomotiva Lison, batizada assim pelo seu maquinista Jacques Lantier, bem como todas as cenas em que a máquina surge, são escritas de uma forma muito bonita e cuidada. Para Jacques, é a Lison que faz dele um excelente condutor, chegando a compará-la a uma mulher perfeita.

Este contraste torna-se muito interessante, pois ao contrário do que acontece com os seres humanos, o meio ambiente não tem interferência no comportamento das máquinas. São máquinas! São aquilo para que foram desenhadas e construídas. Já os seres humanos são influenciados desde o nascimento por todo o tipo de estímulos que afectam não só a nossa personalidade bem como as decisões que tomamos ao longo da vida, sejam elas boas ou más. Talvez por isto, aos olhos do autor, uma máquina seja algo mais perfeito do que um ser humano. 

Apesar de já ter lido o livro há mais de um ano, e só agora estar a rabiscar uma pseudo-opinião (estou enferrujada nestas coisas!) ainda tenho a história muito presente na minha memória. É um livro pequeno, mas marcante, que vale bem a pena conhecer. 




segunda-feira, 27 de maio de 2019

O Homem de Sampetersburgo, Ken Follett [Opinião]

Quando chego à minha estante e tento escolher a próxima leitura, os meus olhos pendem facilmente para os livros de Ken Follett. Não é difícil que isso aconteça, pois à semelhança dos livros de Murakami, os de Follett ocupam majestosamente a sua própria prateleira. Só que normalmente, resisto. Seja porque a maioria dos livros são brutos calhamaços impróprios para transporte, ou apenas pelo receio de o início da história não cativar de imediato.... Há sempre uma desculpa que me faz adiar a leitura destes livros. 

Por sorte, de vez em quando arrisco. E ainda bem! 

O Homem de Sampetersburgo não teve tempo de ganhar muito pó na estante. A história decorre em Inglaterra, pouco antes de eclodir a 1ª Guerra Mundial. Com os ânimos tensos um pouco por toda a Europa, torna-se essencial dispor do exército Russo como aliado na eventualidade da Alemanha invadir a França. As negociações desta aliança são feitas em segredo por Winston Churchill e o Duque de Walden, que é tio por afinidade do Príncipe Orlov, enviado a Londres para negociar pelo lado da Rússia. 

Com o intuito de impedir tal aliança, surge Feliks Kschessinsky, o dito homem de Sampetersburgo, anarquista e assassino, que tenta eliminar o Príncipe Orlov e impedir dessa forma que a Rússia entre numa guerra que, de facto, não lhe diz respeito. Antes de começar a ler encontrei comentários no Goodreads em que várias pessoas diziam torcer pelo assassino. De facto simpatizei bastante com o Duque de Walden, que o autor retratou como um homem íntegro, e com a sua família. Até com a sua esposa, Lydia, que apesar ser um pouco lenta a juntar 2+2, retratou perfeitamente a opressão a que as mulheres da época estavam sujeitas. Orlov pouco entra em cena mas também é descrito como um jovem inteligente e justo. 

Mas lá dei por mim a simpatizar com Feliks, mesmo sabendo que a História não abonou a seu favor e a Rússia foi de facto aliada do Reino Unido e da França. Ken Follet deu-nos a conhecer o lado humano do assassino e torna-se difícil não simpatizar com a sua causa. Tudo isto aliado à prosa do autor, que uma vez mais proporciona um "virar páginas" constante, tornam este livro uma excelente aposta para quem gosta de romances históricos ou de livros excepcionais, em geral. 


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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Clixsense - O Melhor Site de Inquéritos

Em 2014 aventurei-me pela internet à procura de um rendimento extra. Se nessa altura avançava um pouco a medo (por não conhecer o meio e por não reconhecer à partida os sites fraudulentos), hoje em dia posso dizer que, mesmo não sendo "profissional na área", tenho colhido alguns frutos. 

Passei já por vários sites, com diferentes formas de ganhar (ou rentabilizar) dinheiro, mas alguns ficaram pelo caminho. Ora porque deixaram de pagar aos membros, ou porque encerraram ou porque simplesmente se focam apenas nos próprios ganhos e não nos utilizadores. Sim, acontece.

Hoje em dia estou registada em poucos sites. Cheguei à conclusão que não vale a pena estar constantemente a testar novas plataformas para depois perceber, ao fim de uma boa temporada a trabalhar para isso, se funcionam/ pagam correctamente. O melhor é manter-me fiel ao que funciona e manter o foco. 



Um bom exemplo disso é o Clixsense. Utilizo, precisamente, desde 2014. Por essa altura, o Clixsense era apenas um site de PTC (paid to click) em que o utilizador era pago por assistir conteúdos publicitários por alguns segundos. Não se pode dizer que os ganhos diários fossem muito elevados, mas todos os dias o valor acumulado no site crescia. Já nessa altura era possível responder a inquéritos e realizar pequenas tarefas, que ajudavam a obter ganhos mais elevados, mas o foco do site eram efectivamente os anúncios. 

Mais tarde, salvo erro em 2016, o site deixou de trabalhar com a Paypal. Não por opção própria, pois  a Paypal seria certamente o processador de pagamento mais utilizado pelos membros. Só que nessa altura a Paypal quis deixar de estar associada a sites fraudulentos e acabou por cortar com quase todos os PTC's. Na altura o Clixsense deu resposta ao problema adicionando novos processadores, mas esta comparação com sites duvidosos não foi esquecida e passado algum tempo (penso que terá sido já em 2017) o site sofreu uma reforma e deixou de disponibilizar PTC's. O foco passou a recair sobre os inquéritos, ainda que se tenham mantido as tarefas e outras funcionalidades. 


Como funciona?

É tão simples quanto responder a um inquérito. Depois de fazer o registo no site, é necessário aceder ao separador "Surveys" onde estarão visíveis as pesquisas disponíveis. Apesar do site não estar em português, os inquéritos carregados surgem na língua do utilizador.

  • É necessário preencher o "survey profile". Só depois disso é que o site começa a enviar convites para inquéritos. 


Após isto, basta consultar o site diariamente e ir preenchendo as questões de qualificação dos inquéritos que surgem. Nem sempre o nosso perfil se adequa aos parâmetros de resposta definidos pelos investigadores, mas não é caso para desanimar. Basta ir tentando :)

Pela minha experiência pessoal, mesmo não me qualificando diariamente para responder a questionários, os meus ganhos anuais subiram bastante em relação aos tempos dos PTC's, e isso é muito positivo. 


Como funcionam os pagamentos?


O utilizador pode pedir pagamento a assim que acumular 10$

Processadores disponíveis:
Eu utilizo Skrill e o respectivo cartão, que é semelhante a um cartão de crédito por carregamentos. Como tal, está associado à minha conta Paypal, permitindo-me utilizar saldo das duas plataformas em simultâneo. Em lojas físicas é aceite em qualquer superfície que aceite Mastercard. Podem ler um pouco sobre este processador aqui!


Por norma os pagamentos são processados entre 5 a 7 dias úteis após serem submetidos pelo utilizador, mas pode variar conforme o método de pagamento escolhido.



Queres experimentar?


Por norma, o dinheiro que ganho através do Clixsense e outros sites semelhantes é gasto quase exclusivamente online. Na maioria das vezes acabo por gastar em livros, seja na Wook, no The Book Depository ou no AwesomeBooks. Não gasto exclusivamente em livros, claro, mas diria que isto equivale a 70% dos meus gastos online com saldo proveniente destes sites. Ultimamente também aproveito para utilizar na Zooplus quando encomendo comida para os meus gatos. Nem sempre o saldo disponível chega para cobrir a despesa por completo, mas o que não tiver que juntar do meu bolso (e com isto refiro-me ao meu ordenado) já é uma ajuda ao orçamento. 

Queres experimentar? Regista-te aqui!






segunda-feira, 6 de maio de 2019

A Hora Má: O Veneno da Madrugada, Gabriel García Márquez [Opinião]

A Hora Má: O Veneno da Madrugada, de Gabriel García Márquez foi o livro que antecedeu a fama do autor conseguida com o Nobel da Literatura em 1962. 

De vez em quando gosto de pegar nestes livros mais pequenos do autor. São, regra geral, leituras muito agradáveis para um domingo à tarde passado em casa. 

A história decorre numa pequena cidade perdida algures no interior de um país latino- americano, possivelmente a Colômbia, onde pela madrugada são afixados pasquins anónimos um pouco por toda a povoação. Estes pasquins revelam segredos e boatos sobre qualquer habitante, sejam verdades ou...bem, boatos!

Certa manhã, enquanto o padre Ángel celebra a missa, um ganadeiro abate a tiro o suposto amante da esposa, depois de ter recebido o pasquim que denunciava um caso amoroso entre os dois. Nenhum habitante estava imune, fosse qual fosse a classe social. 

Apesar da intriga criada pelo autor ser bastante interessante, para mim a melhor parte da história foram as referências a Macondo. Para quem não sabe, é em Macondo que decorre a história de Cem Anos de Solidão, livro que valeu o Nobel ao autor. O padre Ángel terá passado, na sua juventude, pela paróquia de Macondo e também se fala brevemente no Coronel Aureliano Buendía e na Mamã Grande. 

Também é importante referir o paralelismo/ crítica, muito frequente nos livros de Márquez, às duas entidades autoritárias tradicionais. De um lado está o Estado, representado pelo alcaide tirano e corrupto que enriquece ao tentar evitar guerrilhas da revolução. Do outro lado está a igreja, representada pelo padre Ángel que vive de caridade e tenta liderar por exemplo uma sociedade que vive oprimida pelo medo. 


Mais um exemplo de boa literatura, que recomendo!


Onde comprar:





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terça-feira, 19 de março de 2019

Fica comigo este dia e esta noite, Belén Gopegui [Opinião]

Fica comigo este dia e esta noite, de Belén Gopegui, foi publicado pela Bertrand Editora no final de 2018. A autora, que até então me era completamente desconhecida, é licenciada em Direito pela Universidade Autónoma de Madrid, mas tem-se destacado na literatura. O seu livro mais célebre, La escala de los mapas, publicado em 1993 foi distinguido com vários prémios e o seu terceiro livro, La conquista del aire, foi adaptado ao cinema por Gerardo Herrero. 

O meu exemplar foi amavelmente cedido pela editora, a quem desde já agradeço. 

Ao longo da leitura acompanhamos a Olga e o Mateo, dois amigos improváveis, de estratos sociais e gerações diferentes, que se juntam para apresentar uma candidatura de emprego à Google. Dito desta forma, parece que pouco haveria para abordar. Mas estas são apenas as linhas gerais da narrativa e não nos devemos fixar muito nelas. 

Confesso que esta leitura foi um pouco atribulada, essencialmente porque não se trata do típico livro que nos conta apenas uma história. Não tem aquela "fórmula básica" em que nos são apresentados os personagens, o contexto, o contratempo que irão enfrentar e o eventual desfecho. Penso que Fica comigo este dia e esta noite é um livro aberto a interpretação e com um objectivo disfarçado. 

Enquanto lia o livro, encontrei alguns comentários negativos que se focavam na escrita pouco cativante e no facto de a sinopse ser enganosa. Tenho que concordar que o estilo da autora não me agradou particularmente, mas quanto à sinopse, acho que assenta perfeitamente. 

Para além de nos contar a história da estranha amizade entre a Olga e o Mateo, o livro tem um certo semblante filosófico. Vivemos na era da informática, em que tudo está à distância de um clique num ecrã (por vezes nem isso). O comportamento de uma pessoa cabe dentro de estatísticas e previsões feitas com base no uso doméstico dos nossos aparelhos electrónicos, dos dados guardados pelos navegadores, pelo histórico de compras que fazemos (online ou registadas pelos extratos bancários). A publicidade que nos é casualmente apresentada em banners e pop-ups é deliberadamente seleccionada com base nestes dados. Ninguém é anónimo e quase tudo pode ser calculado e previsto por inteligência artificial. E estamos de tal forma habituados a esta realidade que a pouco e pouco, geração após geração, perdemos a capacidade de ver o lado negativo de tudo isto. 

O Mateo e a Olga tentam resistir a esta tendência e é nas suas conversas de café e pequenas discussões amigáveis que somos recordados de diversos aspectos que não podem, de facto, ser previstos por robots. E foi isto que acabou por tornar o livro muito interessante, pois muitos destes aspectos referidos nas conversas casuais entre as personagens, são banais no nosso dia a dia mas podem revelar-se muito importantes. Basta dar-lhes o devido contexto. 

Fica comigo este dia e esta noite é um livro para quem gosta de reflectir. 


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